Um cartão postal da Bahia

Instalado no Forte de Santo Antônio da Barra, uma das primeiras edificações militares do Brasil, o Museu Náutico da Bahia é único do gênero em todo o estado, reunindo valioso acervo de achados arqueológicos submarinos,uma coleção de instrumentos de navegação e sinalização náutica, maquetes, miniaturas de embarcações de variada origem e uma mostra permanente relativa à geografia, história, antropologia e cultura da Baía de Todos os Santos, além da vida marítima, militar e administrativa da cidade de Salvador, primeira capital do país e sua mais importante cidade durante mais de três séculos.

Instalado, em areia e taipa, em meados do séc. XVI na Ponta do Padrão, edificado em pedra e cal ao final do mesmo século,  e reconstruído ao final do séc. XVII para o formato atual, o Forte de Santo Antônio da Barra é um belo exemplar da arquitetura militar portuguesa desse período. Sua localização privilegiada na esquina da baía, de onde se descortina uma bela vista do Oceano Atlântico, a elegância do seu traçado, bem como a imponência de seus espaços internos chamam a atenção de todos os que para ali se dirigem.

O prédio é um dos principais atrativos do Museu, cujo  acervo permite ao visitante contato direto com a secular história do País através da mostra de utensílios domésticos, moedas, selos, botijas e materiais bélicos que ficaram submersos por cerca de 300 anos e que acabaram vindo à tona, resgatados do sítio arqueológico do Galeão “Santíssimo Sacramento”, como resultado da primeira pesquisa submarina do gênero em toda a história do País. Objetos que permitem ao público vivenciar aspectos importantes da vida cotidiana dos primeiros brasileiros, e que junto às demais peças do acervo do Museu Náutico da Bahia ajudam a compreensão da presença, importância e significado do Mar e da vida marinheira na formação e desenvolvimento da sociedade brasileira.

No Forte está o Farol de Santo Antônio – Farol da Barra, um dos mais conhecidos postais da Bahia em todo o mundo. O farol original foi instalado no ano de 1698, quando da reconstrução do Forte, sendo um dos primeiros sinais de apoio à navegação nas Américas. O óleo de baleia alimentava lampiões protegidos por vidros que sinalizavam para os navegantes a entrada da baía. Sucessivas reformas transformaram o farol original em 1839, 1890 e 1937, quando ele foi finalmente eletrificado.

Assista o vídeo e conheça um pouco mais.